quinta-feira, 21 de agosto de 2014

11 Anos - Acidente em Alcântara


11 Anos do acidente em Alcântara

Homenagem de São José dos Campos às vítimas do acidente



SÃO JOSÉ HOMENAGEIA OS 21 MORTOS NA TRAGÉDIA DE ALCÂNTARA
Nesta sexta-feira, 22 Agosto de 2014, serão 11 anos do acidente com o VLS V03, que matou 21 cientistas e técnicos do DCTA.

Júlio Ottoboni via DEFESANET

Os familiares dos funcionários do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), de São José dos Campos, e a direção do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia promovem, neste dia 22 Agosto 2014, uma homenagem aos 21 mortos do acidente da Base de Lançamentos de Alcântara (MA), ocorrido em 2003 com a queima do foguete VLS. O caso chocou o país e praticamente levou a estaca zero o programa de lançadores de satélites desenvolvidos no Brasil.

 Segundo o presidente da entidade, Ivanil Elisiário Barbosa, além das manifestações dos familiares e amigos está programado 21 disparos em memória de cada um dos mortos. Até hoje o DCTA não conseguiu reestruturar o setor de veículos lançadores, pois perdeu praticamente toda sua equipe de especialistas no acidente.

“Para o próximo ano, quando estaremos dentro do 25º ano de existência do sindicato, faremos uma agenda para se discutir a situação trágica em que se encontra o programa espacial brasileiro, a necessidade de uma política para o setor, a revitalização do DCTA e do INPE e de vários projetos que foram simplesmente abandonados, sem qualquer explicação”, revelou Barbosa,que é funcionário de carreira do DCTA.




As vítimas do acidente de Alcântara, que foram mortas enquanto checavam as condições do VLS na torre de lançamento, eram praticamente todas de São José dos Campos. O foguete que levaria um dos satélites nacionais ao espaço apresentava uma forte corrente de eletricidade estática em seu corpo, o que acabou por ocasionar o acendimento involuntário de um dos boosters de ignição do motor do primeiro estágio de voo.

Com as chamas atingindo uma média de 3 mil graus centígrados, os funcionários, entre engenheiros, projetistas e técnicos, foram mortos no local do acidente e a torre de lançamento da base de Alcântara foi totalmente destruída. O local ficou fechado por vários anos e o governo federal tenta reativá-lo por meio da empresa binacional, criada com a Ucrânia, a Cyclone. A intenção é transformar o local num centro de lançamentos de satélites que tenha apelo comercial na área aeroespacial.

Os membros do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), falecidos por ocasião do acidente ocorrido no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), dia 22 de agosto de 2003, às 13h30:

1. Amintas Rocha Brito
2. Antonio Sergio Cezarini
3. Carlos Alberto Pedrini
4. Cesar Augusto Costalonga Varejão
5. Daniel Faria Gonçalves
6. Eliseu Reinaldo Moraes Vieira
7. Gil Cesar Baptista Marques
8. Gines Ananias Garcia
9. Jonas Barbosa Filho
10. José Aparecido Pinheiro
11. José Eduardo de Almeida
12. José Eduardo Pereira II
13. José Pedro Claro Peres da Silva
14. Luis Primon de Araújo
15. Mario Cesar de Freitas Levy
16. Massanobu Shimabukuro
17. Mauricio Biella de Souza Valle
18. Roberto Tadashi Seguchi
19. Rodolfo Donizetti de Oliveira
20. Sidney Aparecido de Moraes
21. Walter Pereira Junior"


O Relatório Final pode ser baixado diretamente do DefesaNet

Via DEFESANET

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Top 10 - Low Pass (Fly by)


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(Rasantes sensacionais)

Helicopter, Fighter Jets & Jets










Dia da Aviação Agrícola

Dia da Aviação Agrícola no Brasil



O dia  19 de agosto tem um significado todo especial para a aviação agrícola brasileira:  Comemoramos  o DIA NACIONAL DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA. A data foi oficializada pelo Decreto 97.669 de 19 de abril de 1989, como  homenagem à data em que - em 1947 - foi empregada pela primeira vez uma aeronave na proteção à produção agropecuária no Brasil.


      História:

      Em 1947, uma grande nuvem de gafanhotos se abateu sobre os municípios da zona sul e campanha do estado do Rio Grande do Sul, dizimando plantações e pastagens. O Engenheiro Agrõnomo Leôncio de Andrade Fontelles, chefe do Posto do Ministério da Agricultura em Pelotas manteve contato com as diretorias dos aeroclubes de Pelotas, Bagé e Jaguarão para que, com suas aeronaves, fizessem voos de reconhecimento e monitoramento, iniciando o trabalho de localização das nuvens e locais de desova dos gafanhotos em terra.




      A primeira aplicação real, ainda em caráter experimental, mas bem sucedida, foi realizada no dia 19 de agosto de 1947. Para tal trabalho Leôncio Fontelles adaptou uma polvilhadeira manual a uma aeronave de fabricação nacional, um  Muniz M9, do Aeroclube de Pelotas. A aeronave foi pilotada pelo Comte. Clóvis Candiota, ocupando Fontelles o segundo assento, manuseando ele próprio a polvilhadeira. O produto empregado foi o organoclorado BHC em pó, sendo os voos efetuados diretamente sobre as nuvens dos insetos.

    O equipamento aplicador consistia de dois depósitos metálicos em forma de moegas, fixados dentro da fuselagem, na barriga do avião. Cada moega possuía seu dosador próprio, constituído por um registro de gaveta controlado pelos tripulantes. A pressurização do BHC no interior do depósito era proporcionada pelo ar, captado por um funil metálico conectado a um tubo de borracha cuja outra extremidade se ajustava um outro funil, no interior do depósito. Este dispositivo era manejado pelos operadores para agitar e pressurizar o pó.

    A aeronave empregada, Muniz M-9, era uma aeronave biplace, matrícula PP-RER, de 200 HP que atingia a velocidade de 160 km/h, com uma autonomia de voo de 4 horas e uma capacidade de carga (pó) de aproximadamente 100 kg. O Muniz M9, assim como o Muniz M7, era então muito utilizado na instrução de voo nos aeroclubes brasileiros.

   Após este primeiro e bem sucedido teste, outras aeronaves foram adaptadas e incorporadas ao combate aos gafanhotos entre elas duas aeronaves CAP-4, trazidas desde São Paulo por Clóvis Candiota.

    O pioneirismo de Antônio Fontelles e Clóvis Candiota não se limitou aos primeiros testes, adaptações e combate direto às nuvens de gafanhotos: tiveram eles a iniciativa de, visualizando talvez o que viria a ser a Aviação Agrícola no Brasil futuro, idealizar a atuação empresarial da atividade e fundaram uma sociedade que veio a ser a primeira Empresa de Aviação Agrícola no país, a SANDA -  Serviço Aéreo Nacional de Defesa Agrícola.

    Graças a este trabalho pioneiro, com justiça foi instituído o dia 19 de agosto como o Dia Nacional da Aviação Agrícola e, pelo mesmo Decreto 97.669,  o Cmte. Clóvis Candiota recebeu o título de  Patrono da Aviação Agrícola Brasileira.

Fonte: Marques, Alexandre. Apostilas XIX Curso de Executores de Aviação Agrícola - Agrotec Tecnologia Agrícola e Industrial Ltda. Pelotas, RS,  setembro de 2003