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segunda-feira, 23 de março de 2015

Especial: Aviação Agrícola


Aviação Agrícola no Brasil: Voando baixo...



Vamos dar uma repassada na história dessa importante categoria e mostrar alguns números atuais sobre os negócios, pilotos e aeronaves utilizadas na aviação agrícola. Um grande abraço aos mecânicos, pilotos e entusiastas dos agrícolas!!

História

No  Brasil, a Aviação Agricola iniciou-se em 1947, devido    ao ataque de uma praga de  gafanhotos na região de Pelotas ,Rio Grande do Sul.
Onde foi realizado o primeiro vôo agrícola no País no dia 19 de agosto daquele ano,com a Aeronave Muniz, modelo M-9, bi-plano de fabricação nacional, prefixo GAP, monomotor de 190 HP, autonomia de vôo de 4 horas, equipada com depósito metálico, constituido em dois compartimentos em forma de  moéga e dosador próprio, controlado pelo piloto com capacidade de carga de aproximadamente 100kg, tendo ainda o apoio técnico do Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelles, na aplicação de BHC.

Este dia foi instituído como o Dia Nacional da Aviação Agricola, e o piloto civil Clóvis Candiota,que  realizou o vôo,  é considerado o Patrono da Aviação Agricola.

Em 1947 foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis Candiota aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.

No ano de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma época foram criadas as "Patrulhas de Tratamento Aéreo" do Ministério da Agricultura (PATAE).

No ano de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de bananas na região de Itanhaém - SP, começou realizar aplicações aéreas objetivando o controle do mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.

A empresa Sociedade Agrícola Mambú, foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo bastante desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200 litros no assento traseiro, uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores fabricados pela própria empresa. Conseguiram na época ótimos resultados no controle fitossanitário do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.



Décadas de 60, 70, 80 e 90

No ano de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda. que desenvolveu a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura do algodão.

No ano de 1968 foi criado o CAVAG. No ano de 1969 foi fundada a EMBRAER.
Na década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea, mas na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela falta de tecnologia.

No início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de aplicação aérea de agroquímicos acompanhando o grande desenvolvimento das culturas da soja e do algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.

No final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela aviação agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas, novas barras de pulverização aerodinâmicas, aperfeiçoamento dos equipamentos nacionais e o GPS.
De todas essas novas tecnologias foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou como um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi responsável pelo fechamento de muitos contratos de aplicação aérea com muitos produtores. 

Estatísticas atuais - Brasil:


Pela primeira vez a frota de aviões agrícolas ultrapassou a marca de 2000 aviões no Brasil, confirmando a posição do País com a segunda maior frota no mundo. É o que mostra recente trabalho de pesquisa feito por Agronautas junto ao RAB - Registro Aeronáutico Brasileiro. 
O documento divulgado é composto por uma série de gráficos e números, que são a seguir resumidos:


Frota ao final de 2014
Ao final de 2014 a frota era composta por 2007 aviões, entre "regulares" e "irregulares" junto ao RAB, representando um crescimento de 4,26% sobre a frota de dezembro de 2013. Um  recuo sobre a taxa de crescimento verificada no período 2012-2013 (6,29%).


Nacionais e importadas:
Estavam matriculadas 1220 aeronaves de fabricação nacional e 787 aeronaves fabricadas no exterior, correspondendo respectivamente a 60,79% e 39,21%.



Unidades da Federação:
O Mato Grosso continua a ocupar a posição da maior frota, com 467 aeronaves, seguido pelo Rio Grande do Sul (420), São Paulo (287), Goiás (239), Paraná (141), Bahia (102), Mato Grosso do Sul (100), seguindo-se os demais com menores números. É de ressaltar o crescimento da frota na Bahia, que neste ano ultrapassou pela primeira vez a frota do Mato Grosso do Sul.


Marcas e Modelos:
No ranking dos fabricantes, a EMBRAER-Neiva é o que possui maior número de aeronaves matriculadas (1220 aeronaves). Deste fabricante, os modelos que predominam são os EMB-201A, EMB-202 e EMB-202A. Segue-se a Cessna, com 287 aeronaves (predominando o modelo A188B - Agtruck), Air-Tractor, 257 aeronaves (predomínio do AT-502 / AT-502B) e a  Piper com 144 aviões  (PA-25-235 e PA-25-260)


Aeronaves Turbohélice:
As aeronaves com turbina  continuam tendo forte incremento na frota, representando a grande maioria das aeronaves importadas ao longo de 2014. Ao final do ano estavam matriculadas 250 aviões turbo-hélice, representando 12,46% da frota total. Predominam os aviões da AIR-TRACTOR (226 aeronaves dos modelos 402, 502, 503 e 802) e THRUSH (20  aeronaves dos modelo S2R-T34 e S2R-H80); há ainda 4 aeronaves PZL 106-BT-601 "Kruk").

Idade Média:
A idade média dos aviões que compõem nossa frota aeroagrícola foi calculada em 22 anos.

Fonte: Agronautas / CAVAG


Aircraft Maintenance Technicians Brazil
Manutenção Aeronáutica

www.fb.com/aeronavesemanutencao
www.aeronaves.vai.la

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia da Aviação Agrícola

Dia da Aviação Agrícola no Brasil



O dia  19 de agosto tem um significado todo especial para a aviação agrícola brasileira:  Comemoramos  o DIA NACIONAL DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA. A data foi oficializada pelo Decreto 97.669 de 19 de abril de 1989, como  homenagem à data em que - em 1947 - foi empregada pela primeira vez uma aeronave na proteção à produção agropecuária no Brasil.


      História:

      Em 1947, uma grande nuvem de gafanhotos se abateu sobre os municípios da zona sul e campanha do estado do Rio Grande do Sul, dizimando plantações e pastagens. O Engenheiro Agrõnomo Leôncio de Andrade Fontelles, chefe do Posto do Ministério da Agricultura em Pelotas manteve contato com as diretorias dos aeroclubes de Pelotas, Bagé e Jaguarão para que, com suas aeronaves, fizessem voos de reconhecimento e monitoramento, iniciando o trabalho de localização das nuvens e locais de desova dos gafanhotos em terra.




      A primeira aplicação real, ainda em caráter experimental, mas bem sucedida, foi realizada no dia 19 de agosto de 1947. Para tal trabalho Leôncio Fontelles adaptou uma polvilhadeira manual a uma aeronave de fabricação nacional, um  Muniz M9, do Aeroclube de Pelotas. A aeronave foi pilotada pelo Comte. Clóvis Candiota, ocupando Fontelles o segundo assento, manuseando ele próprio a polvilhadeira. O produto empregado foi o organoclorado BHC em pó, sendo os voos efetuados diretamente sobre as nuvens dos insetos.

    O equipamento aplicador consistia de dois depósitos metálicos em forma de moegas, fixados dentro da fuselagem, na barriga do avião. Cada moega possuía seu dosador próprio, constituído por um registro de gaveta controlado pelos tripulantes. A pressurização do BHC no interior do depósito era proporcionada pelo ar, captado por um funil metálico conectado a um tubo de borracha cuja outra extremidade se ajustava um outro funil, no interior do depósito. Este dispositivo era manejado pelos operadores para agitar e pressurizar o pó.

    A aeronave empregada, Muniz M-9, era uma aeronave biplace, matrícula PP-RER, de 200 HP que atingia a velocidade de 160 km/h, com uma autonomia de voo de 4 horas e uma capacidade de carga (pó) de aproximadamente 100 kg. O Muniz M9, assim como o Muniz M7, era então muito utilizado na instrução de voo nos aeroclubes brasileiros.

   Após este primeiro e bem sucedido teste, outras aeronaves foram adaptadas e incorporadas ao combate aos gafanhotos entre elas duas aeronaves CAP-4, trazidas desde São Paulo por Clóvis Candiota.

    O pioneirismo de Antônio Fontelles e Clóvis Candiota não se limitou aos primeiros testes, adaptações e combate direto às nuvens de gafanhotos: tiveram eles a iniciativa de, visualizando talvez o que viria a ser a Aviação Agrícola no Brasil futuro, idealizar a atuação empresarial da atividade e fundaram uma sociedade que veio a ser a primeira Empresa de Aviação Agrícola no país, a SANDA -  Serviço Aéreo Nacional de Defesa Agrícola.

    Graças a este trabalho pioneiro, com justiça foi instituído o dia 19 de agosto como o Dia Nacional da Aviação Agrícola e, pelo mesmo Decreto 97.669,  o Cmte. Clóvis Candiota recebeu o título de  Patrono da Aviação Agrícola Brasileira.

Fonte: Marques, Alexandre. Apostilas XIX Curso de Executores de Aviação Agrícola - Agrotec Tecnologia Agrícola e Industrial Ltda. Pelotas, RS,  setembro de 2003