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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Inova Aerodefesa


Inova Aerodefesa: mais de 60 projetos terão acesso a recursos não reembolsáveis



Brasília 11/11/2014 – O Plano de Apoio Conjunto Inova Aerodefesa vai beneficiar mais de 60 projetos de empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), com recursos não-reembolsáveis que podem chegar a até R$ 291 milhões.

Fruto de uma parceria entre o Ministério da Defesa, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Agência Espacial Brasileira (AEB), o plano foi criado para impulsionar a produtividade do setor, por meio de incentivo financeiro para o desenvolvimento de novas tecnologias. Além de gerar avanço cientifico, os produtos, criados a partir desse upgrade tecnológico, serão usados em ações estratégicas para a Defesa Nacional.

O balanço dos projetos pré-selecionados, bem como os avanços e próximos desafios do Inova Aerodefesa, foram debatidos, nesta semana, durante encontro que reuniu representantes dos órgãos envolvidos. Para o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli, o plano possibilitou que fosse feito um diagnostico completo do setor, não apenas sob a ótica dos interesses da Defesa, como também do ponto de vista da viabilidade econômica dos projetos.

“O principal disso tudo é o nível de discussão que hoje nós conseguimos atingir, que ultrapassa o universo da Defesa”, avaliou o general.

Entre os projetos que receberão recursos do governo estão equipamentos de comunicações submarinas, radares, sistemas associados a microssatélites, além de produtos de comando e controle e sistemas de segurança e de vigilância. A maioria deles reúne em sua composição tecnologias que o Brasil, até pouco tempo, precisava comprar de outros países, mas que passaram a ser desenvolvidos em território nacional graças a iniciativas de fomento para a indústria de defesa.

“Todas as linhas do edital receberam uma demanda qualificada de projetos”, explicou o gerente do Departamento das Indústrias Aeroespaciais da Finep, William Respondevesk.

Para o engenheiro da área industrial do BNDES, Sergio Schmitt, o Inova Aerodefesa foi importante também para que o banco passasse a conhecer melhor o setor e seu potencial para o desenvolvimento do país.

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“Não tínhamos muitos projetos no setor de defesa e, agora, essa passa a ser uma nova área de interesse. Os projetos apoiados são de grande importância porque são produtos e tecnologias que, até então, o país não tinha autonomia de fabricação”, ressaltou.

Fonte e fotos: Embraer e Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Punho do rotor do Eurocopter EC725 já é produzido no Brasil


Punho do rotor do EC725 já é produzido no Brasil



FORNECEDORA TOYO MATIC ENTREGOU A PRIMEIRA PEÇA 100% NACIONALIZADA APÓS VALIDAÇÃO DA HELIBRAS

Uma comitiva da Helibras visitou a sede da Toyo Matic, em Bragança Paulista (SP), no último dia 16, para validar a produção do primeiro punho do rotor do EC725 feito pela fornecedora brasileira. Na ocasião, foi realizada uma cerimônia para marcar o envio da peça para a matriz Airbus Helicopters, em Marignane (França), a fim de receber a FAI – First Article Inspection, documento que certifica o fornecedor para iniciar a fabricação em série do artefato. Agora, a peça será integrada ao mastro do rotor principal na Airbus Helicopters.

Participaram dela o vice-presidente Industrial da Helibras, Richard Marelli; o diretor de Logística, Carlos Marques; os engenheiros Nelson Silva e Alex Santana; além de Tatiana Sakuyama, engenheira da Toyo Matic.

A fabricação do punho no país foi realizada pela Toyo Matic, desde a usinagem do forjado até a equipagem e a pintura do subconjunto e faz parte do projeto de cooperação industrial inserido no escopo de transferência tecnológica do Programa H-XBR. O principal desafio era obter a geometria complexa e extremamente precisa do punho, para que a peça se encaixasse com exatidão em outros componentes do helicóptero. Para isso, a fabricante utilizou máquinas importadas, de altíssimo nível de tecnologia e indispensáveis para a obtenção da precisão, característica de componentes mecânicos da indústria aeroespacial.


Da esquerda para direita: Nelson Silva, engenheiro de processos da Helibras; Carlos Marques, diretor de Logística; Richard Marelli, VP Industrial; Tatiana Sakuyama, engenheira da Toyo Matic; e Alex Santana, engenheiro da Qualidade da Helibras. Foto - Caue Diniz


Para a manufatura dos punhos, foi necessário qualificar cinco processos especiais: passivação ácida (eliminação de impurezas superficiais e melhoramento da resistência à corrosão), cobreamento, inspeção por partículas magnéticas, colagem, encalcamento de buchas (montagem com interferência) e pintura. Vale ressaltar que os processos especiais são aqueles que exigem a qualificação da atividade para assegurar a qualidade do produto. Essas características traduzem a complexidade de uma peça aeronáutica classificada ‘crítica’, que demanda uma robusta transferência de tecnologia.

O resultado final foi obtido graças à combinação dos domínios de usinagem da Toyo Matic e ao conhecimento transferido pela Airbus Helicopters para a fabricação inédita dessa peça no país, que é um componente dinâmico nunca antes feito para a indústria de helicópteros nacional.

Assim como a produção do punho, o programa H-XBR prevê ainda mais atividades industriais qualificadas, como fabricação e montagem de composto e montagem de conjuntos dinâmicos, por exemplo. “O objetivo deste projeto é transferir a tecnologia de fabricação de partes e peças do helicóptero para o Brasil e não somente para a Helibras. Ao final do processo, a Toyo Matic será uma fornecedora direta da Airbus Helicopters, recebendo a mesma tratativa de outras empresas da cadeia mantida pelo Grupo”, diz Richard Marelli.

“É com grande orgulho e satisfação que entregamos a primeira peça, que materializa todo o empenho e dedicação despendidos para participar deste projeto. Tal processo de nacionalização da produção nos ofereceu a possibilidade de abrir novos horizontes e fazer parte de um momento histórico, que esperamos ser o primeiro de muitos outros nesta importante parceria”, disse Edvaldo Rosa, presidente da Toyo Matic.

Este é o primeiro dos 50 punhos que deverão ser produzidos localmente. Há ainda a possibilidade de parcerias para mais unidades, a depender das necessidades da Airbus Helicopters.

DIVULGAÇÃO: Carlos Battesti / Natascha Ariceto
Fonte: Poder Aéreo