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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sikorsky fecha parceria com o ITA


Sikorsky e ITA - Parceria para o futuro das "Asas Rotativas"


 

A tecnologia aeronáutica brasileira tem se mostrado muito eficiente ao longos dos últimos anos.  Após criar o primeiro avião de acrobacias, bater recordes de velocidade, lançamento do KC-390, e empresa Antonov demostrar interesse em trocar a Ucrânia pelo Brasil, a fabricante SIKORSKY AIRCRAFT fechou uma importante parceria com o Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA) para a criação de uma disciplina de desenho de asa rotativa...Veja a reportagem completa:



A fabricante americana de helicópteros Sikorsky fechou ontem uma parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) para a criação da disciplina de desenho de asa rotativa (helicópteros), no último ano do curso de engenharia aeronáutica do instituto.O vice-presidente da Sikorsky para a América Latina, Antônio Pugas, disse que a empresa ajudará o ITA na elaboração do conteúdo da nova disciplina, além de auxiliar na avaliação de projetos de final de curso focados em helicópteros.

O executivo informou que a empresa investirá US$ 350 mil na instalação de um laboratório para as aulas práticas de asas rotativas. O novo laboratório contará com simulador do helicóptero S-76, cuja frota no país soma 120 aeronaves. Pugas explicou que a formação de engenheiros voltados para o segmento de helicópteros é parte da estratégia da Sikorsky para se instalar no Brasil. “O primeiro passo nessa direção é a instalação de um escritório na região de Campinas, onde o grupo United Technologies, que também controla a fabricante de motores Pratt & Whitney, já possui empresas.”

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A empresa está negociando a construção de um centro de manutenção no Brasil, que ficará instalado na região do Vale do Paraíba, provavelmente no município de Taubaté, onde o Exército tem uma base de aviação, que já utiliza helicópteros da Sikorsky. O executivo disse que o investimento previsto no projeto do centro de manutenção no Brasil é estimado em US$ 20 milhões. “Estamos em negociação avançada com a prefeitura de Taubaté, mas ainda não fechamos”, disse.

Hoje, segundo Pugas, a manutenção da frota da Sikorsky no Brasil é feita em parte pelos operadores e algumas peças são enviadas para os Estados Unidos. A Líder Aviação é a principal operadora dos helicópteros da Sikorsky no país, com mais de 50 aeronaves. A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) foi a primeira no Brasil a criar uma disciplina de fundamentos de engenharia de helicópteros dentro do curso de graduação em engenharia aeronáutica.

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Mas o tema também é abordado em outras matérias, relacionadas à parte de aerodinâmica e de desempenho de aeronaves e também ensaio e segurança de voo. A Universidade coordena a implantação de um polo aeronáutico no sul de Minas Gerais, que contempla a criação de um Centro de Tecnologia para Helicópteros (CTH). A cidade de Itajubá abriga a fábrica de helicópteros da Helibras. O projeto conta com o apoio dos governos federal e estadual, além da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e da Helibras.

Por Virgínia Silveira (Revista Operacional)


Para conhecimento:

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é uma instituição de ensino superior (IES) do Comando da Aeronáutica. Está localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), na cidade paulista de São José dos Campos.

O ITA possui cursos de graduação e pós-graduação em áreas ligadas à engenharia, principalmente no setor aeroespacial. É considerado uma das melhores IES do Brasil. O ITA oferece aos seus alunos alimentação gratuita e moradia de baixo custo, dentro do próprio DCTA

A Sikorsky foi fundada em 1925 pelo engenheiro aeronáutico Igor Sikorsky, um imigrante americano nascido em Kiev. A empresa, chamada "Sikorsky Manufacturing Company", iniciou a produção de aviões em Roosevelt, New York naquele ano. Em 1929 a companhia mudou-se para Stratford, Connecticut. Se tornou parte da United Aircraft and Transport Corporation (agora United Technologies Corporation) em Julho daquele ano.
Igor Sikorsky desenvolveu o Sikorsky R-4, o primeiro helicóptero estável, totalmente controlável, a entrar em produção de larga-escala em 1942.
Hoje, a Sikorsky ainda é uma das principais fabricantes de helicóptero, produzindo modelos bem conhecidos como o UH-60 Black Hawk e o SH-60 Seahawk, assim como modelos experimentais como o Sikorsky S-72 X-Wing.
A companhia adquiriu a Helicopter Support Inc. (H.S.I) em 1998.

Outras Fontes:
http://www.aviationtoday.com/rw/topstories/Sikorsky-to-Collaborate-with-Brazilian-Aerospace-University_84177.html#.VOCxqvnF9qU


sábado, 22 de novembro de 2014

Projeto: TUPÃ


Projeto do avião Tupã pode deixar MG por falta de verba pública



Condomínio temático aeroespacial mineiro inicia trabalhos com desafio de obter financiamento privado para o protótipo

O primeiro ato oficial do condomínio temático aeroespacial de Minas Gerais foi marcado pelo anúncio da possível saída de um dos seus principais projetos. Sem verba pública para o desenvolvimento do protótipo da aeronave Tupã AX-2, a empresa responsável pelo projeto disse que deve buscar parcerias da iniciativa privada para dar continuidade ao programa. Segundo o diretor da Axis Aeroespacial, Daniel Carneiro, com isso, Tupaciguara pode perder boa parte da estrutura do chamado polo de asas fixas, com a unidade sendo transferida para São Paulo ou até mesmo para o exterior.



O condomínio é a integração de eixos temáticos que compõem o plano aeroespacial do governo mineiro. Além do polo de asas físicas, integram o projeto o polo de asas rotativas, com foco na Helibras, em Itajubá; o centro de formação de mão de obra, em Lagoa Santa, e um centro para desenvolvimento de turbinas a gás, no Triângulo Mineiro. “Hoje, é essencial a troca de experiência. Enquanto uma empresa fabrica radar, outra fabrica infravermelho. Ninguém faz nada sozinho”, afirma o diretor de Inovação da Helibras, Vítor Coutinho. A empresa, assim como a Embraer, é uma das prováveis integrantes do projeto físico do condomínio, em fase de licitação.

A iminente saída do projeto do Tupã de Tupaciguara está ligada à insuficiência de recursos para o desenvolvimento do protótipo. Segundo Carneiro, a empresa conseguiu uma linha de financiamento para essa etapa, mas o valor era menos da metade do necessário para tirá-lo do papel. Isso obriga a empresa a buscar investidores privados para o projeto do avião executivo de pequeno porte, com capacidade para seis pessoas, chamado de Tupã.

Pelos prazos da companhia, essa fase já deveria ter sido concluída. Mas não foi sequer iniciada. “Aqui mesmo, alguns empresários me procuraram para conversar sobre o projeto. Mas a primeira coisa falada é sobre tirar o projeto de Tupaciguara”, afirma Carneiro, que diz preferir mantê-lo em solo mineiro. Entre os possíveis destinos, o interior de São Paulo, a Espanha e os Estados Unidos. Outros projetos da empresa, no entanto, podem ser mantidos na cidade do Triângulo Mineiro.


PARCERIA: Por outro lado, outras empresas participantes do condomínio aeroespacial conseguem desenvolver importantes projetos. A Indústria de Aviação e Serviço (IAS), com sede em São José da Lapa, irá receber contrapartida tecnológica de uma parceria entre Brasil e Rússia para a compra de 20 helicópteros de transporte de tropa e carga. A negociação prevê a troca de informação e tecnologia. Trabalhadores da empresa serão capacitados para manutenção e reparo das aeronaves. Segundo o gerente-geral da empresa, Eliseu de Alcântara, ao todo, US$ 50 milhões serão aplicados pelos russos no Brasil, o que contribuiu fortemente para o desenvolvimento do polo mineiro. “É preciso quebrar barreiras e multiplicar conhecimento”, afirma, já sonhando com a concepção de um motor à reação.

Outro desafio do condomínio aeroespacial é a troca de governo. O desenvolvimento do polo aeroespacial era tido como dos meios de diversificar a economia do estado. Nova reunião do condomínio está marcada para 15 de abril. Segundo o professor do Instituto de Estudos Avançados da Aeronáutica (IEAv) coronel Marco Antônio Sala Minucci, “o desafio é transformar o projeto em política de Estado”.

Fonte: EM


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Punho do rotor do Eurocopter EC725 já é produzido no Brasil


Punho do rotor do EC725 já é produzido no Brasil



FORNECEDORA TOYO MATIC ENTREGOU A PRIMEIRA PEÇA 100% NACIONALIZADA APÓS VALIDAÇÃO DA HELIBRAS

Uma comitiva da Helibras visitou a sede da Toyo Matic, em Bragança Paulista (SP), no último dia 16, para validar a produção do primeiro punho do rotor do EC725 feito pela fornecedora brasileira. Na ocasião, foi realizada uma cerimônia para marcar o envio da peça para a matriz Airbus Helicopters, em Marignane (França), a fim de receber a FAI – First Article Inspection, documento que certifica o fornecedor para iniciar a fabricação em série do artefato. Agora, a peça será integrada ao mastro do rotor principal na Airbus Helicopters.

Participaram dela o vice-presidente Industrial da Helibras, Richard Marelli; o diretor de Logística, Carlos Marques; os engenheiros Nelson Silva e Alex Santana; além de Tatiana Sakuyama, engenheira da Toyo Matic.

A fabricação do punho no país foi realizada pela Toyo Matic, desde a usinagem do forjado até a equipagem e a pintura do subconjunto e faz parte do projeto de cooperação industrial inserido no escopo de transferência tecnológica do Programa H-XBR. O principal desafio era obter a geometria complexa e extremamente precisa do punho, para que a peça se encaixasse com exatidão em outros componentes do helicóptero. Para isso, a fabricante utilizou máquinas importadas, de altíssimo nível de tecnologia e indispensáveis para a obtenção da precisão, característica de componentes mecânicos da indústria aeroespacial.


Da esquerda para direita: Nelson Silva, engenheiro de processos da Helibras; Carlos Marques, diretor de Logística; Richard Marelli, VP Industrial; Tatiana Sakuyama, engenheira da Toyo Matic; e Alex Santana, engenheiro da Qualidade da Helibras. Foto - Caue Diniz


Para a manufatura dos punhos, foi necessário qualificar cinco processos especiais: passivação ácida (eliminação de impurezas superficiais e melhoramento da resistência à corrosão), cobreamento, inspeção por partículas magnéticas, colagem, encalcamento de buchas (montagem com interferência) e pintura. Vale ressaltar que os processos especiais são aqueles que exigem a qualificação da atividade para assegurar a qualidade do produto. Essas características traduzem a complexidade de uma peça aeronáutica classificada ‘crítica’, que demanda uma robusta transferência de tecnologia.

O resultado final foi obtido graças à combinação dos domínios de usinagem da Toyo Matic e ao conhecimento transferido pela Airbus Helicopters para a fabricação inédita dessa peça no país, que é um componente dinâmico nunca antes feito para a indústria de helicópteros nacional.

Assim como a produção do punho, o programa H-XBR prevê ainda mais atividades industriais qualificadas, como fabricação e montagem de composto e montagem de conjuntos dinâmicos, por exemplo. “O objetivo deste projeto é transferir a tecnologia de fabricação de partes e peças do helicóptero para o Brasil e não somente para a Helibras. Ao final do processo, a Toyo Matic será uma fornecedora direta da Airbus Helicopters, recebendo a mesma tratativa de outras empresas da cadeia mantida pelo Grupo”, diz Richard Marelli.

“É com grande orgulho e satisfação que entregamos a primeira peça, que materializa todo o empenho e dedicação despendidos para participar deste projeto. Tal processo de nacionalização da produção nos ofereceu a possibilidade de abrir novos horizontes e fazer parte de um momento histórico, que esperamos ser o primeiro de muitos outros nesta importante parceria”, disse Edvaldo Rosa, presidente da Toyo Matic.

Este é o primeiro dos 50 punhos que deverão ser produzidos localmente. Há ainda a possibilidade de parcerias para mais unidades, a depender das necessidades da Airbus Helicopters.

DIVULGAÇÃO: Carlos Battesti / Natascha Ariceto
Fonte: Poder Aéreo