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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Centro de Pesquisa Global - GE do Brasil


Inaugurado Centro de Pesquisa Global da GE no RJ


A GE inaugurou oficialmente nesta quinta-feira (13-11-2014), na Ilha do Bom Jesus,  Rio de Janeiro (RJ), o seu novo Centro de Pesquisas Global – a  primeira unidade do Centro na América Latina. A companhia também confirmou a duplicação dos investimentos no local, que saltou de US$ 250 milhões para US$ 500 milhões, além da ampliação de sua capacidade, que chegará a 400 profissionais até 2020.

A abertura do Centro de Pesquisas – que ocupa uma área total de 24 mil metros quadrados, metade dela ocupada por laboratórios – mais uma vez destaca o compromisso da GE com o Brasil, a América Latina e a indústria global para o desenvolvimento de novas tecnologias aplicáveis em diversos segmentos estratégicos. A nova unidade faz parte da rede global de inovação da companhia e será fundamental para conceber tecnologias avançadas, voltadas à superação de grandes desafios mundiais em áreas como petróleo e gás, energias renováveis, aviação, transporte ferroviário e saúde.

O evento que marcou a inauguração teve a presença de líderes mundiais da GE – incluindo Jeff Immelt, presidente & CEO global, Reinaldo Garcia, presidente & CEO para a América Latina e John Rice, vice-presidente global da empresa, além de autoridades públicas como o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.

“A abertura de um novo Centro de Pesquisas no Brasil permite à GE inovar localmente para clientes na América Latina e, então, exportar essas inovações para o mundo inteiro”, antecipa Immelt. “Na última década, dobramos nosso investimento de pesquisa e desenvolvimento e expandimos a rede global do Centro de Pesquisas para endereçar as necessidades dos clientes por tecnologias mais eficientes e desenvolvidas, em um ritmo de produção ainda mais rápido. Nós vemos oportunidades de crescimento significativas na região e investir em tecnologia é fundamental para aumentar a competitividade”, destaca.

Com o Centro também foi inaugurada Crotonville Rio, braço latino-americano da lendária Crotonville, a primeira universidade corporativa do mundo, fundada pela GE em 1956 em Ossining (NY), nos Estados Unidos. Na nova escola de líderes, instalada no terceiro andar do edifício que acolhe o Centro de Pesquisas, funcionários da GE na América Latina se juntarão a lideranças experientes nos campos industrial, acadêmico e governamental para aprender e compartilhar as melhores práticas.

A abertura do Centro também marca o anúncio de planos envolvendo uma parceria com Petrobras e BG Group para construção de uma fábrica de equipamentos subsea, focada em produzir equipamentos de processamento de petróleo no fundo do mar, até 2020. A futura unidade irá se concentrar em tecnologias para tratamento da água no fundo do mar para perfuração em águas profundas (com a BG Group) e para separação de petróleo, água e gás (com a Petrobras).

 Hub de inovação

O Rio de Janeiro tornou-se oficialmente o centro de inovação na América Latina para a GE e seus clientes no Brasil e na região. O trabalho da unidade está focado na pesquisa de tecnologias de perfuração no fundo do mar, transmissão e armazenamento de energia e sistemas de gestão do tráfego aéreo. Também fazem parte do escopo de inovações pesquisadas a otimização de processos de produção do etanol, conversão de biomassa, locomotivas movidas a biocombustível e bi-combustíveis (diesel/gás) e automação avançada.

“A abertura do primeiro Centro de Pesquisas Global da GE na América Latina ratifica um compromisso com a localização da pesquisa e do desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas, todas elas de acordo com as demandas e necessidades específicas de grandes clientes e parceiros da companhia na região”, afirma Reinaldo Garcia, presidente & CEO da GE para a América Latina. “Com a nova unidade, inserimos definitivamente o Brasil no mapa global da inovação da GE, o que resultará em avanços locais com aplicação expansível para diversos mercados estratégicos pelo mundo”, destaca.
A GE investe anualmente de 5% a 6% da sua receita industrial em novos produtos, que representou mais de US$ 5 bilhões em 2013. A tecnologia cria uma importante vantagem competitiva e a rede agora formada por nove Centros de Pesquisas contribui para o surgimento de novas ideias, que apenas no último ano foram responsáveis por 2.839 patentes depositadas. Na última década, a GE expandiu o legado em pesquisa e desenvolvimento para apoiar suas crescentes operações industriais, com mais de 20 mil patentes preenchidas. Ao mesmo tempo, o portfólio da companhia foi ampliado e fortaleceu seu foco em mercados emergentes e voltado para um avanço ainda maior no setor industrial. Até 2015, a GE estima que dois terços de seu faturamento venham de fora dos Estados Unidos e que 70% das receitas tenham como origem seus negócios industriais.

O Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil abre suas portas com mais de 160 empregados, dos quais 140 são pesquisadores e engenheiros, e deverá mais do que dobrar esse número, chegando a até 400 profissionais até 2020. A companhia já firmou compromissos com clientes e parceiros estratégicos para suportar os projetos da GE no Brasil e no mundo.

“Lembramos que os trabalhos do Centro no Rio de Janeiro estão em andamento desde setembro de 2011, por meio de uma parceria com o Parque Tecnológico da UFRJ. Estamos observando hoje a abertura da nova unidade já num estágio bastante avançado em relação à pesquisa de novas tecnologias. Nosso grande objetivo é colaborar com o desenvolvimento do País em mercados tão importantes como petróleo e gás, energias renováveis e aviação”, afirma Ken Herd, líder do Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil.

Além do mercado de petróleo e gás, o Centro também será marcado pela liderança da GE em pesquisas nas áreas de aviação e transporte ferroviário. Uma das iniciativas-chave que estão sendo levadas para além dos limites da unidade é o projeto Céus Verdes do Brasil, no qual um time de pesquisadores desenvolveu uma plataforma tecnológica que combina software e análises para gerenciar o tráfego aéreo de forma mais eficiente. Testes já trouxeram como resultado, a cada abordagem das aeronaves, uma redução de 113,5 litros de combustível, 272 kg de gás carbônico, 35 segundos e economia de US$ 120. 

Fonte: GE do Brasil


domingo, 20 de julho de 2014


Curiosidades: A Travessa do Jahu (Copacabana - RJ)


Incrivelmente o mundo dá voltas...Morei no Rio durante 4 anos, sendo que nos últimos 2 anos, morei em Copacabana, perto do Arpoador,na Nsa Sra de Copacabana. E como todo bom mineiroca, passeava na orla da Atlântica e por dentro do bairro. Um dos locais que eu mais gostava era  travessa do Jahu. Hoje, depois de alguns anos, e já no mundo da aviação tive conhecimento, sobre a origem do nome...

Veja que história interessante.

Abraços, Marco Ayres


Em 20/07/47, faleceu João Ribeiro idealizador da Travessia do Atlântico pelo avião Jaú





Jahú foi o primeiro avião com tripulação brasileira que atravessou o Oceano Atlântico, chegando ao Brasil no dia 5 de julho de 1927.

Seu comandante foi o aviador Ribeiro de Barros que aos 26 anos de idade, idealizou, organizou, financiou, comandou e executou o vitorioso vôo, tendo como tripulantes o navegador brigadeiro Newton Braga, o co-piloto Arthur Cunha, substituído por João Negrão, e Vasco Cinquini, mecânico.

No momento mais dramático e perigoso do vôo, há 2.400 Km do Brasil - quando o JAHÚ pousou junto a Ilha São Tiago (em Porto Praia), arquipélago de Cabo Verde, para abastecimento e reparos - o piloto auxiliar Arthur Cunha, zarpando para a Europa, procurou a imprensa para desmoralizar Ribeiro de Barros aquele que o havia contratado até o término do percurso. 
Ribeiro de Barros, piloto do avião Jahú
RIBEIRO DE BARROS, PILOTO DO AVIÃO JAHÚ



As declarações impulsivas ou distorcidas pela imprensa, de Arthur Cunha tiveram grande repercussão internacional, criando até um problema diplomático, entre a Espanha e o Brasil. Após descobrir água, sabão caseiro e areia nos depósitos de combustível, o comandante Ribeiro de Barros resolveu desmontar os motores do hidroavião, encontrando também um pedaço de bronze no fundo da cárter do propulsor, colocado ali com o propósito de danificar o conjunto mecânico e provocar a interrupção do vôo.
Todos esses fatos tornaram-se públicos e o governo brasileiro envia um telegrama ao comandante do JAHÚ, em Porto Praia, ordenando-lhe que interrompesse o reide, encaixotasse o aparelho e retornasse ao Brasil.




Indignado pelo teor do texto, responde prontamente pela mesma via:

Exmo. Sr. Presidente. Cuide das obrigações de seu cargo e não se meta em assuntos dos quais Vossa Excelência nada entende e para os quais não foi chamado. Ass. Comandante Barros.

Num gesto admirável de renúncia, sua mãe, Margarida Ribeiro de Barros, compreendendo a angústia do filho e a ansiedade da alma brasileira, envia-lhe do Brasil um telegrama que passaria a fazer parte da História do JAHÚ:

"... Aplaudimos tua atitude. Não desmontes o aparelho... Paralisação de reide será fracasso. Asas avião representam Bandeira Brasileira... Bênçãos de tua mãe, Margarida."


Osório Ribeiro, irmão do aviador, contrata no Brasil um novo co-piloto, João Negrão, e segue com ele para Cabo Verde. Ao deparar com o comandante do JAHÚ, magro, pálido e debilitado pela quarta crise consecutiva de malária, tamanhas adversidades e provações do irmão, não contém as lágrimas.

Dia 28 de abril de 1927 - Quatro e meia da madrugada.

A população da Ilha de São Tiago (Cabo Verde), acorda sobressaltada com o rugido ensurdecedor de 1.100 HPs (550 em cada motor) de potência a plena rotação, cuspindo fogo pelas 24 trompas de escape e tal qual um monstro enfurecido vai rasgando uma a uma as ondas para depois apoiar-se nas asas e alçar vôo. O JAHÚ contorna repetidas vezes a ilha, para ganhar altura, enquanto as luzes do povoado se acendem lá embaixo e vão ficando para trás...

Trazendo o manche em direção ao peito, Ribeiro de Barros grita aos companheiros: "apaguem todas as luzes de bordo. Eu quero ver o Cruzeiro do Sul, mesmo que seja pela última vez."

Tempestade... ventos fortes sacodem o JAHÚ.




A água gelada arremessada pelas hélices penetram a carlinga aberta, escorre em abundância pela blusa de couro, encharcando o macacão e botas do comandante Barros e se deposita no assoalho da cabina de comando.

Um forte estampido, seguido de um abalo na aeronave, põe em alerta a tripulação. O JAHÚ que demonstrara tanto vigor até aquele instante, começa a acusar sinais de cansaço. A hélice traseira sofrera uma avaria. Barros pede calma aos companheiros, enquanto reduz para 500 RPM o motor traseiro vagarosamente, testando a resposta do avião. Ato contínuo arremete para 1.500... 1.600... 1.700 as rotações do motor dianteiro. O avião encontra-se no limite da sustentação aerodinâmica, mas, o altímetro continua estável: 250 m de altura. A altitude média dessa histórica viagem foi de 300 metros, numa velocidade de 190 K/h - recorde absoluto por dez anos consecutivos.

O navegador que estava debruçado sobre a carta geográfica, mal podendo manipular régua e compasso, levanta o braço direito com o punho cerrado, esmurrando o espaço - num gesto ritual de vitória - e grita: atravessamos o Equador... Em seguida passa ao Barros, através do Negrão, um bilhete com as letras trêmulas - LAT 2 º. S. Barros esboça um sorriso e anota no verso: "450 litros" e devolve ao Braga.


O JAHÚ faz um pouso triunfal em águas brasileiras, na enseada Norte da ilha de Fernando de Noronha. Nos tanques, restavam ainda 250 litros de combustível, como atestou o comandante Nisbet, no navio Ângelo Toso, de bandeira italiana, que presenciou à distância a amerissagem. Foi a conquista da raça brasileira nos domínios do espaço, sendo esse feito reconhecido mundialmente na época e o aviador brasileiro recebeu condecorações, honrarias, diplomas e prêmios de inúmeros governos estrangeiros.

Dez anos depois do vitorioso vôo do JAHÚ, a Liga Internacional dos Aviadores (LIA), sediada em Paris, França, concede ao comandante Barrosa mais importante de suas condecorações, o troféu Harmon, como prova de reconhecimento, ao mesmo tempo em que o nomeia para o cargo de vice-presidente da LIA.

No Brasil, as homenagens e manifestações de júbilo aos tripulantes do JAHÚarrastaram-se por meses seguidos, conforme documentam as publicações da época.

Em 1930 João Ribeiro de Barros adquire na França um avião Breguet e o batiza com o nome de sua mãe, Margarida - falecida no ano anterior - com o fim de realizar um vôo do Rio de Janeiro a Paris. Quando se dirige ao Campo dos Affonsos, para iniciar a viagem, proíbem-lhe o acesso ao aparelho. Seu avião é confiscado por ordem do governo, para ser usado contra as forças paulistas na revolução que acabara de eclodir.

Encontra-se Ribeiro de Barros em sua fazenda, quando é surpreendido pela presença do delegado Amazo Neto acompanhado por oito investigadores. Dão-lhe voz de prisão, sob a alegação de estar ele, Ribeiro de Barros, publicando um jornal clandestino contra a ditadura Vargas.

Vasculham sua casa em Jaú e transportam-no, escoltado, para São Paulo, onde dão busca em seu apartamento. Nada constando contra ele, dão-lhe de novo a liberdade.




Volta o aviador jauense para sua fazenda Irissanga, onde nasceu em 4 de abril de 1900, profundamente abalado, remoendo com resignação e silêncio as adversidades e as mazelas humanas. Morreu nos braços de seu irmão Osório, em 20 de julho de 1947.

Fonte: História Heróica da Aviação (José Ribeiro de Barros),
Asas ao Vento (Newton Braga), João Ribeiro de Barros (José Raphael Toscano),
A Epopéia do "JAHÚ" (Deputado Hilário Freire), Asas Brasileiras
(Gerson Mendonça), Jornais e Revistas (Da época - anos 20, Séc. XX),
A. Charles Rodrigues - charles@promotur.com,
José Raphael Toscano (15/05/97),

Alex Pinheiro Machado Rodrigues - alex@bsbnet.com

Fonte: www.copacabana.com